quarta-feira, 31 de agosto de 2011

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

CAPACITAÇÃO EM ARTE E CULTURA

As Artes e a Criatividade são as “disciplinas” do afeto, porque lidam diretamente com a comunicação sensorial, desenvolvendo a capacidade de conhecer a si próprio e ao outro. O estímulo  a capacidade humana de ver, ouvir e sentir, e o encantamento que decorre da percepção dos sons, das formas, das cores, luzes, movimentos, gestos e da palavra poética, nos potencializa a viver melhor e a construir um mundo melhor. A arte como matéria e a cultura como produto celebram o encontro das diferenças, incluem o diverso no universo, é a festa da humanidade.

1ª Etapa  (3 encontros)

Literatura – Oralidade, a origem das histórias, história para criança e história de criança.

Encontro intermediário (1 encontro) – Artes integradas, jogos de estímulo à criação de histórias e personagens à partir de dinâmicas de Artes Plásticas e Criação verbal.

2ª Etapa  (3 encontros)

As Artes Plásticas – A criação da forma, materiais que nos cercam, luz e cores. Confecção de materiais alternativos: Lápis cera, tintas feitas a base de barro, giz de gesso, brinquedos e instrumentos musicais com sucata. Toda essa atividade foi realizada numa oficina expositiva que teve a duração de 2 encontros. Confecção de um painel artístico para sala. Para essa atividade contamos com a participação das meninas do Ensan.

Encontro intermediário – (1 encontro) Artes integradas. Criação de personagens, à partir da observação de pessoas do nosso convívio, criação de histórias com esses personagens.

3ª Etapa. (3 encontros) Criação, confecção e animação de bonecos.

4ª Etapa (1 encontro). Apresentação de 4 espetáculos de teatro de bonecos.

O Teatro – As possibilidades do teatro – Jogos e dinâmicas teatrais.

Ultima etapa (1 encontro)

Celebração das artes, criação de um ritual artístico cultural.

1º encontro – Oficina de literatura infantil e arteterapia

Texto do dinamizador
Vai longe o tempo em que, sentados à volta da fogueira, saboreávamos a beleza e a sabedoria de antigas narrativas. Arte das mais antigas, contar histórias é um forma poética de transmissão de cultura, tradição e valores éticos. Histórias infantis, além de entreter, exercitam a reflexão, suscitam a fantasia, evocam imagens e emoções. Além de seu conteúdo didático, as narrativas para crianças e adolescentes podem propiciar a aproximação com aspectos mais profundos da alma humana. Nesse sentido, a literatura pode representar um papel de grande importância, mas pouco observado, o contato com o inconsciente. É o momento em que a literatura e a arteterapia se amparam e se complementam.
Criada na década de quarenta para auxiliar na recuperação de vítimas da Segunda Guerra Mundial, a arteterapia pretende, através de variadas técnicas de expressão arística, estimular a criação de imagens representativas da psique. Utilizando uma gama variada de meios de expressão (desenho, pintura, colagem, dança, teatro, literatura, música e etc.), a ateterapia proporciona uma experiência estética e veencial que ir';a permitir ;o equilíbrio e o auto-conhecimento .
A arte de contar histórias contribui não apenas para o desenvolvimento cpgnitivo de crianças e jovens, favorece o amadurecimento emocional, e ainda, aproxima o grupo, fortalecendo elos afetivos entre o narrador e os ouvintes. O contador de histórias atento irá escolher os textos pensando em seu grupo e suas necessidades. A sua sensibilidade ao narrar, acentuando passagens u sugerindo a participação dos ouvintesa no momento da releitura, irá se refletir no cotidiano do grupo, conferindo intimidade, respeito e afeto.
A proposta de nossa oficina é ressaltar os benefícios terapêuticos da literatura para crianças e adolescentes e demonstrar, por intermédio de técnicas de arteterapia, que as histórias podem ir muito além.
Dinamizadora – Cristina Villaça.

Histórias e técnicas aplicadas:
Mandala de cada um – Leitura do conto "Fátima a Fiandeira"- O grupo desenvolveu a técnica de desenhar em círculos contínuos a linha de sua vida, Cada pessoa teve a oportunidade de expressar para o grupo passagens marcantes de suas vidas.
Brincando com fogo –  Leitura do conto "O macaco e a Velha" – de origem popular, narrado por João de Barro, o  Braguinha  - O grupo recordou histórias ouvidas no passado e, usando bastão de cera derretido na chama da vela imprimiu no papel, e pode relatar ao grupo as histórias lembradas. A relação do olhar com a chama da vela provoca profunda introspeção.
Retalhos de histórias- Com recortes de imagens selecionadas pelo grupo em revistas, onde procurou-se os personagens, paisagens e ambientes das histórias ouvidas na infância construi-se  histórias em subgrupos. Um subgrupo apresenta sua história ao outro.
 
Técnica

O Papel Passado – Esta técnica foi criada por José Luiz dos Reis Moura, um dos membros do Re-Criar-Te. Distribuímos para as pessoas que estão sentadas em círculo, papel e lápis. Pedimos que cada um escreva de 6 à 8 características, externas ou internas de alguma pessoa marcante nas suas vidas, o papel é girado pelo círculo pela direita e cada pessoa que o recebe deve desenhar uma das características grafadas no papel, até o papel chegar na pessoa inicial que examina o desenho feito por todo o grupo e o compara com a pessoa por ela pensada e cujas características foram escritas no papel.





Com as personagens criadas construiremos as histórias.

A Pá lavra...

...Lavra a pá...

...A palavra


A palavra conto vem da palavra medida = quantidade, assim como também: Condão, cordel, corda, cordialidade, pontos cardeais, o coração e os estímulos cardíacos estão ligadas a idéia de corda como fio que une, mede, aponta, aproxima e afasta. É nesse "fio da meada", melhor dizendo, da história, que as pessoas se encontram nos diversos "sentidos" e nas diversas direções da vida. A palavra alerta, fere, consola, integra...Nesse ponto o di-verso se encontra no uni-verso.

Técnica

As Cartas de Propp, Vladimir Propp, importante teórico Russo, observou que há em todas as histórias, especialmente as dos contos maravilhosos, uma única estrutura que funciona como um "esqueleto do texto". A imagem é interessante, porque a palavra "Texto" está ligada a idéia de tecido, textura, enfim pele, que cobre e é apoiada por uma estrutura interna. À partir daí Propp organizou dezenas de funções que aparecem no decorrer da história e que nos contam a trajetória do seu herói ou protagonista, dessas funções escolhemos as catorze que nos pareceu essenciais no texto, são elas:

I.      Proibição
II.    Infração
III.  Punição
IV.    A partida do herói
V.      Missão – O herói passará por provas para vencer os obstáculos que começam a surgir na história
VI.    Doador – alguém ou alguma coisa surge na história para ajudar ao herói no cumprimento da sua missão.
VII.  Dons mágicos – é o recurso usado pelo doador e doado para  o herói usá-lo na sua missão.
VIII.         Antagonista – aparece ou se revela nesse instante para o herói, aquele que irá  se  opor à ele, obrigando-o a enfrentar obstáculos na história.
IX.    O duelo – o combate entre a vontade do herói e a contra-vontade representada pelos poderes do antagonista.
X.      A vitória do herói
XI.    O retorno – O herói retorna à sua origem, local de onde fora obrigado a sair.
XII.  O reconhecimento – sua comunidade reconhece e enaltece suas qualidades.
XIII.         Punição do antagonista – o mal representado pelo antagonista é punido com a derrota e eliminado do grupo.
XIV.  Recompensa do herói – na maioria das histórias aparece como núpcias, representando um reinício feliz.

Seguem as histórias criadas pelo grupo à partir das cartas e da criação dos personagens

Aventuras de Raio de Luar na Terra do Eu Sozinho

Narrador I – Havia um reino distante, onde as pessoas viviam felizes por serem livres. Nesta reino Morava Raio de Luar.
Narrador II – Era uma menina órfã, bolachuda,  mas muito meiga, criadora e  sensível, e gostava muito de ouvir e ajudar as pessoas.
Narrador I – Suas amigas inseparáveis eram: Olívia e Emília , as duas eram bem magras, mas muito alegres também.
Narrador II – Raio de Luar tinha imensa popularidade, por onde passava fazia amizade.
Narrador I – Até que surge nessa história o terrível ANICETO.
Narrador II – Esse era um homem invejoso e intrigueiro. Presenteou o  rei daquele lugar com um quadro mágico.
Narrador I – Toda vez que o rei olhava para o quadro ele via a imagem da órfã gordinha, muito , mas muito  mais amada do que ele por todo o  reino.
Narrador II – Claro que com essa notícia o rei ficou preocupado, querendo conhecer essa pessoa que reinava no coração dos seus súditos.
Rei – Chamem a serva Mariana! Imediatamente!
Guarda do Rei – Senhor Rei, apresenta-se à Vossa Majestade a feiticeira do Reino Mariana Veneno de Sapo Viegas.
Rei – Quero que descubras quem é Raio de Luar e traga-a a minha presença!
Mariana – (com sonoras gargalhadas) Com enorme prazer meu rei, já sei até de quem se trata é uma pobre órfã, filha da falecida Zefa que foi vossa cozinheira por muitos anos.
Rei – Conselheiro! Decrete imediatamente uma ordem proibindo a comunicação entre as pessoas do reino. Não quero que avisem a menina a tempo para que ela fuja.
(Mariana Traz Raio de Luar e o Rei a expulsa para Terra do Eu Sozinho)
Olívia – Precisamos ajudar nossa amiga.
Emília – Se formos juntos à terra do Eu Sozinho, ela não estará sozinha e aquela maldita terra perderá o seu terrível encantamento.
Olívia – Mas como podemos ir sem que ninguém nos veja.
Emília – Fácil! Toda final de tarde Mariana a bruxa, viaja para essa terra, para caçar morcegos para suas  porções. Vamos seguí-la, sua vassoura voadora está no conserto ela viaja a pé mesmo. E ninguém, nem mesmo os guardas do Rei tem coragem de seguí-la.

(elas seguem Mariana)

Mariana – (Desconfiada) Estou sentindo no ar um cheiro horroroso, uma mistura de Esperança e Amizade. Ah pois bem! São vocês duas eim!
Olívia – Corre Emília. Corre!

(surge o gêniio Criston)

Emilia -  Me deixa passar moço, Mariana vai pegar a gente.
Criston – Vai não! Eu sou Criston o gênio dos pensamentos positivos. Podem seguir seu caminho. Leve essas gotas de otimismo logo chegaram onde querem.
Narrador I – Mariana voltou ao Reino e contou que Raio de Luar, não estava mais sozinha.
Narrador II – O Rei, que por agradecimento à Aniceto, tinha o transformado  em chefe da guarda, mandou que ele organiza-se um pequeno exército, para atacar as meninas.
Narrador I – A essa altura, Raio de Luar, já havia juntado sua bondade, com o otimismo e a esperança de suas amigas e já estavam de volta a sua terra, juntando todas as pessoas que encontravam numa nunca vista assembléia da felicidade.
Narrador II – A Batalha acontecera, mas não houve sangue. Houve muitas boas ações, abraços e beijos. Todo exército se rendeu a felicidade. O Rei, Aniceto e Mariana, resolveram fugir para Terra do Cada Um Cuida de Si e é claro que lá eles não viveram felizes.
Narrador – O reino foi dividido pelas pessoas de coração e o único Rei que reinou nesse lugar foi o Reinicio.


F I M
Não há Guerra no Amor!

Narradora – Vocês vão ouvir uma história de amor. E para que ela seja muito romântica e  toque em todos corações apaixonados, vamos começar com uma poesia:


Podem acreditar no amor
O amor é lindo!

O amor não é lenda

Ele existe de verdade
Ele é brinde, ele é prenda
Ele é sonho e realidade
Ele nasce, cresce, aumenta
É do tamanho da eternidade
Ele não morre, ele senta, descansa, para outra viagem.


Narradora - Guerra era um rapaz muito simpático, diferente dos outros na maneira de ser e de se vestir, todos gostavam muito dele, menos os pais de Marta, seu grande amor.

Quiseram afastar os dois,  mandaram Marta, prá bem longe, prá depois de onde o vento faz a curva. Lá prá muito longe, prá onde não se pode ir nem a pé e nem de bonde. Lá pro Paraná. Disserem que lá ela iria estudar.

Guerra – Meu nome é Guerra, mas quero paz, sempre quis, eu só quero ser feliz. Mas como, longe da mulher que amo.

Marta – Guê!

Guerra – Marta! É você?

Marta – Nada poderá nos separar!

Guerra – Valeu! Mas você não ia para o Paraná.
Marta – Tive uma conversa séria com meus pais e disse a eles que iria para amar.

Guerra – Não temos muita coisa, onde vamos morar?

Marta – O pouco vira muito, um pouco daí, um pouco de cá. Temos esse belo gato, já dá prá aliviar a solidão, quando estivermos sozinho e o outro for trabalhar.

Guerra – Só com um gato não se faz a vida. Mas isso me lembra uma velha história. Um gato que usava botas, e ajudou um pobre a casar com a princesa. Era uma vêz....Blá...blá...blá

Marta -  Você é ótimo contador de histórias. Podemos montar um grupo, começaremos já, vamos as praças, condomínios, escolas, o que entrar já é lucro!

Guerra – Já estou nessa, minha Bela, sou sua Fera, juntos vamos até o fim do mundo.

Marta – E ao contarmos tantas histórias,  e já tivermos criado a nossa, poderemos contar a todo o povo, A história de Marta e Guerra, essa guerra o amor venceu.
















O Pescador e o Rei

Narrador: Havia numa cidade muito pequena, um homem muito rico e poderoso, ele obrigava todo mundo a falar bem alto: Viva o Rei, ele é o nosso Rei!

Nessa cidade também morava um homem pobre, ele era um pescador e não obedecia as ordens do Rei, ele gritava:
Pescador - Viva Deus, na terra, no céu e no mar, viva Deus e mais ninguém!

Um dia o Rei mandou chamar o pescador e lhe disse:

Rei - Que conversa é essa de dar vivas à um Deus que ninguém vê. Um Deus que não existe?

Pescador – Viva Deus na terra, no céu e no mar, viva Deus e mais ninguém.

Rei – Quero ver se esse Deus existe mesmo. Vou deixar a chave de todo o meu tesouro contigo durante um mês, se você perder essa chave será enforcado em praça pública.

O Pescador foi prá casa e disse para a sua mulher:

Pescador – Mulher guarde essa chave, dela depende a minha vida. Agora vou pescar um peixe bem grande prá gente.

O Rei bolou um plano para pegar a chave na casa do pescador. Mandou o seu criado vestido de sucateiro para comprar ferro velho e mandou ele oferecer muito dinheiro pela chave para a mulher do pescador.

Sucateiro – Olha a sucata! Compro sucata! Pago muito bem! A senhora não tem nenhum ferrinho para vender não? Eu pago muito Bem!

Mulher – Só tenho essa chave, mais meu marido não quer que venda.

Sucateiro – Mais eu estou falando de muito dinheiro mesmo. Dá prá senhora fazer uma compra bem boa prá casa. Isso tudi só por essa chavezinha.

A mulher pensou, pensou. E como ela não sabia para que o marido queria tanto aquela chave. Ela vendeu prá poder fazer umas comprinhas.

Sucateiro – Agora eu vou jogar a chave no mar, como o Rei mandou.

Pescador – Mulher cadê a chave que lhe dei?

Mulher – Um homem pagou muito por ela, eu acabei vendendo prá ele. Agora a gente tem dinheiro, olha só!

Pescador – De que m e adianta dinheiro se o Rei vai me enforcar?

Mulher – Não pode ser meu Deus. ..

Pescador – Vou trabalhar, espero trazer um peixe bem grande para o almoço.

Mulher – Eu vou devolver o dinheiro pro Rei. E pedir prá ele salvar a sua vida.

Pescador – Primeiro faça o almoço para os nosso filhos. Espere eu trarei o peixe.

Musica :                Minha jangada vai sair pro mar
                                         Vou navegar meu bem querer
                                         Se Deus quiser quando eu voltar do mar
                                         Um peixe bom eu vou trazer

Chegou o dia e o rei mandou chamar o pescador a praça já estava pronta para o enforcamento.

Rei – Então Pescador!  Quero ver se o seu Deus existe mesmo. Mostre-me a chave que mandei que você guardasse.

Pescador – Viva Deus, no céu na terra e no mar. Tinha perdido a sua chave, mas achei-a dentro do peixe essa manhã. Aqui está sua chave.

Rei – Então esse Deus existe mesmo. Daremos todos viva a Deus.

Todos – Viva Deus! Viva Deus!
F i m

ENSAN – 10 de setembro de 2000
1º Encontro de exercícios, jogos e técnicas teatrais.

1.      Hipnotismo colombiano e suas variantes.
2.    Floresta de sons.
3.    Quantos As, existem no A.
4.    Os três duelos irlandeses.
5.    O vampiro de estrasburgo.
6.    Um dá medo outro protege.
7.    Completar a imagem.
8.    A viagem imaginária
9.    As duas revelações de Santa Teresa.
10.  O jogo do líder.
11.    O gênio da garrafa, com cadeira, mesa e pano.
12.  A imagem da palavra.
13.  Bloco do sujo.


2º Encontro – 19 de setembro.

1.      Salada de frutas (pêra, maçã ou laranja)
2.    O som das sete portas
3.    1,2,3 de Bradford
4.     Série jornal
5.    Três maneiras de dizer: Eu te amo (usando uma cadeira)
6.    A imagem da palavra ou máquina
7.    A imagem tela
8.    A lagarta
9.    Improvisação com bonecos





Danças e Cirandas


 Nossa intenção é resgatar nos educadores o uso pedagógico das cirandas e cantigas de roda, procurando mostrar sua importância na formação infantil e o lugar privilegiado que essas atividades ocupam enquanto forma de expressão de necessidades cognitivas, afetivas e sociais.

As cantigas de roda são canções utilizadas em brincadeiras de roda cantadas, realizadas como forma de recreação por adultos ou crianças. Sua formação clássica consiste em formar uma roda de mãos dadas, com o rosto voltado para o centro, movimentando-se para a direita ou para a esquerda, em andamento eleito pelo grupo.  A roda figura entre os brinquedos cantados mais difundidos entre as crianças, embora a formação em fileiras ou pares também sejam praticadas.

Muitas cantigas conservam resquícios de sua origem portuguesa, francesa ou espanhola. Fragmentos de romances, histórias, poesias, e relatos do cotidiano foram incorporados ao repertório infantil e, devidamente aculturados, passaram a representar o folclore tipicamente brasileiro. De tanto ouvir e repetir os ritmos característicos destas rodas cantadas, as crianças vão assimilando e marcando com traços regionais a sua musicalidade, e a produção musical de sua região ou país.

Deixar de cantar ou cantar pouco as canções folclóricas, tem como resultado o enfraquecimento dos traços culturais e a conseqüente fragilidade nos padrões de identidade social. Sem raízes que nos situam num tempo e num espaço único e peculiar, carecemos de valores, costumes, formas de expressão que permitam transitar entre a fantasia e a realidade. Com as canções de roda vamos aprendendo formas de utilizar a linguagem na expressão de sentimentos pessoais e na relação com os outros. As trocas mediadas por estas linguagens nos fazem compreender melhor a realidade que nos cerca.

A formação em círculos são as primeiras experiências coletivas de exploração dos espaços internos e externos. Os limites da roda funcionam como fronteiras ou alicerces das noções que desenvolvem a partir da distinção de dentro e fora, pertencer ou não pertencer, ser ou não ser.  Aprendendo com o corpo em movimento, a criança se situa, avança, volta, se aproxima, se afasta, se comprime e se liberta... e aprende os fundamentos das relações que precisa estabelecer para o desenvolvimento do seu pensamento.

Enquanto canta e gira, organiza seus movimentos no espaço, promove o desenvolvimento de estruturas temporais sem as quais não poderia sequer expressar-se de forma coerente.  Deslocamento de acentos, seqüências, rítmicas de variada composição, completam e enriquecem suas experiências. 

A coordenação espaço-temporal presente nas coreografias das rodas cantadas, representa o nível das aquisições cognitivas das crianças que as realizam.  Os movimentos realizados durante as rodas cantadas refletem uma necessidade interior de exercitar as coordenações de pensamento, numa explicitação clara da implicação do corpo na aprendizagem

Durante as rodas cantadas, a criança se movimenta porque precisa aprender, e aprende porque se movimenta, num protótipo da integração do corpo, do grupo e da aprendizagem de ser. A criança aprende em contato com os outros, sendo o grupo no qual está inserida o grande responsável pelas conquistas que realiza. A integração da criança no grupo inicia pela aceitação de sua pessoa a partir da identificação do seu nome e dos demais colegas.  Saber o nome de alguém é distinguí-lo num conjunto, para estabelecer com ele uma relação mais próxima. Sem essa identidade que o nome define, as trocas efetivas têm poucas possibilidades de garantir o ajustamento da criança no grupo.

Esta tarefa, tão facilmente realizada através das brincadeiras infantis, encontra nas cantigas de roda um vasto repertório, cuja execução abrevia o tempo de adaptação social, liberando a criança para investir em interações em outros níveis. As trocas sociais são facilitadas durante o canto em conjunto, pelo poder que este tem de aproximar as pessoas.  Contrabalançando momentos de atividade coletiva e de participação individual, as cantigas de roda dão espaço para o “eu” e para o “nós” na formação das crianças.

No bojo das interações sociais, as diferentes linguagens: corporal, musical e cênica, permitem aprendizagens cognitivas, afetivas e sociais nas diferentes áreas do conhecimento.  O texto e o esquema de repetições das cantigas de roda oferecem uma vivência muito rica da estrutura da língua materna.  A estrutura rítmica, diferente da linguagem corrente, constitui-se num outro tipo de vivência do idioma. Quadrinhas, rimas, refrães, estrofes de quatro e dois versos, encenações, diálogos, dramatizações, solos e cantos em uníssono, fazem parte da riqueza do vasto repertório de cantigas de roda.  O contato com esse material amplia e favorece a aproximação de formas cada vez mais complexas de linguagem.

Aspectos culturais perpassam os textos e decidem a configuração melódica das canções. A partir do que se estabelece em comum, as aprendizagens circulam e garantem o surgimento de uma linguagem capaz de expressar sentimentos e afetos próprios do ser humano,  imprimindo significado às vivências infantis.


Laerte Willmann é Terapeuta Corporal com formação em Bioenergética e Terapias Corporais Neo-Reichianas. É instrutor de Tai-Chi Chuan e instrutor de Danças certificado pelo International Network for the Dances of Universal Peace, uma rede internacional de "Dançarinos da Paz" com sede em Seatle (USA), presente hoje em 25 países.


Oficina de Relações Interpessoais

Quem somos nós, enquanto seres humanos?
O que há de essencial em cada um de nós?

Qual o sentido de nossas vidas?


          O mundo atual carece de uma expressão mais viva de humanidade; no sentido de amor, harmonia e sensibilidade.
          Vivemos as substituições: do ser pelo ter, do diálogo pelo monólogo, da união pela competição, do coletivo pelo individualismo, do humano pelo eletrônico.
          A crise que vivemos com a globalização vem, a cada dia, trazendo uma carga de sofrimento, isolamento e frustração ao homem moderno; o que tem gerado a perda da identidade, de valores e principalmente da própria essência de vida.
          A expressão surge com a vida e vida é o fluxo constante de energia que habita em nós. Vida é diferente de existência. Viver é a expressão mais plena da criatividade, em sintonia com a essência individual.
          Como é possível para um educador acolher, incluir e conhecer seus alunos (histórias, necessidades e dificuldades), se ele próprio não se reconhece em seu contexto de vida?
          O trabalho de grupo, através das relações interpessoais visa a conscientização do papel profissional e pessoal, para uma resignificação maior da própria existência. Através do desenvolvimento do olhar sensível, da possibilidade de escuta, da empatia, da comunicação de valores, do reconhecimento de preconceitos e comportamentos estereotipados, partimos de uma forma consciente em busca de ações mais construtivas.
          Segundo Gorbachev: "As pessoas tem sabedoria e um sonho de responsabilidade tão aguçados que não se pode, com se deve agir de forma audaciosa... Bem suponha que se cometa erros? E daí? Melhor corrigi-los do que sentar e esperar."
          Vivemos um momento em Educação que, segundo Geraldo Vandré: "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer..."
          A hora é essa, o momento é significativo, a virada é necessária; pois, nossa vida é única e essencial.
          Muitos educadores dão para seus alunos o que têm, outros dão o que sabem e adquiriram como conhecimento.
Porque não desenvolvermos neles a possibilidade de dar o que realmente são?
         
Conteúdos a serem trabalhados:
Quem são?
O que pretendem?
O que podem dar de si?
O que pode e deve mudar em sua prática pedagógica?



M.ª Silvia S. Ferreira –
Psicopedagoga, professora, arte-educadora, especialista em relações interpessoais (dinâmica de grupo). Coordenou a equipe de atividades integradas da Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Fez parte da Coordenadoria de treinamento da Secretaria Extraordinária de Programas Especiais de Educação. Coordenou o Núcleo de Artes – NACCI – do CIEP Ipanema. Consultora e assessora na área de treinamento de pessoal. Coordenou a capacitação de diretores e professores de CIEPs, de animadores culturais e de oficiais do quartel general da Polícia Militar do RJ.
          Atualmente coordena o Projeto Re-Criar-Te, junto à Fundação para a Infância e Adolescência; faz parte da direção do centro de Pesquisa e Ações sociais e Culturais. Atuando em treinamento de diretores, supervisores, psicólogos e professores para a Secretaria de Educação do estado do rio de Janeiro e Secretarias de diversos Municípios do estado do Rio de Janeiro.







2001  -  PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES

Objetivos

·         promover a discussão e debate sobre as reformas educacionais em curso no Brasil e no mundo;

·         criar espaços de discussão e troca de experiências a partir do cotidiano escolar;

·         sistematizar experiências de sala de aula (produção didático-pedagógica) para registro, divulgação e eventos;

·         incentivar o professor à reflexão e produção de pesquisas educacionais;

·         indicar bibliografias que contribuam para o desenvolvimento profissional e pessoal dos educadores;

·         discutir propostas e experiências interdisciplinares;

·         difundir conceitos e informações sobre cidadania e cuidados com o meio-ambiente.


Referencial Teórico

Considerando as pesquisas mais recentes em educação, nosso referencial teórico-metodológico encontra-se inserido em uma perspectiva sócio-construtivista de ensino-aprendizagem. Esta perspectiva ancorada, particularmente, em referenciais teóricos advindos da psicologia (Piaget, Ausubel, Wallon e, mais recentemente, Vygotsky), ressitua o aluno como sujeito pensante e, portanto, comprometido com o processo de construção do seu conhecimento.

Temas dos módulos

§    I - Construção Verbal e Literária
§   II - Artes Integradas
§  III - PCNs e Temas Transversais
§  IV - Políticas Sociais e Cidadania
§   V - Arte e Cultura
§  VI - Meio Ambiente e Comunidade











Proposta pedagógica e conteúdo programático das oficinas:


I - Construção Verbal e Literária
Noções de psicologia infantil e desenvolvimento da criança; o processo de construção do conhecimento; identidade; inteligência emocional e inteligências múltiplas;



II - Artes Integradas
Comunicação e expressão oral e outras linguagens; sensibilização e expressão corporal; a arte como fio condutor de experiências cognitivas; arte-educação;


III - PCNs e Temas Transversais   
Análise dos Parâmetros Curriculares e abordagens de temas transversais; o que muda no trabalho visando o desenvolvimento de competências e habilidades; a construção do projeto político-pedagógico da escola; a gestão democrática  e o planejamento participativo.



IV - Políticas Sociais e Cidadania
          A história da educação e das políticas educacionais no Brasil; a identidade do povo brasileiro; a atual configuração social e política e o papel da educação; as noções de direitos e deveres no ensino fundamental; organizações da sociedade civil e comunidades.


V - Arte e Cultura
Cultura popular, as histórias e suas origens, mapeamento cultural, danças e folguedos populares, danças circulares, técnicas teatrais, jogos e brincadeiras, ação cultural na escola.



VI - Meio Ambiente e Comunidade
           A realidade ambiental nos aspectos natural, social, econômico e histórico. A degradação ambiental e a ação antrópica, qualidade de vida e meio ambiente, desenvolvimento sustentável, práticas em educação ambiental. Participação coletiva e soluções criativas. Agindo localmente e pensando globalmente.


Especificação dos cursos:

 Os cursos serão ministrados em forma de oficina, com técnicas de dinâmicas de grupo, dramatizações, músicas e vídeos, em  turmas de até 35 professores.
Cada curso será acompanhado de uma apostila com textos teóricos, mensagens, exercícios, atividades para o professor, indicações de leituras  e filmes.













ATIVIDADES EM ARTES CÊNICAS



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1. Cruz e Círculo

Pede-se aos participantes que façam um círculo com a mão direita , depois uma cruz com a mão esquerda,por último se pede que façam as duas coisas ao mesmo tempo.

Estímulo à criatividade

2. Gênio da Garrafa

Utilizando uma garrafa plástica vazia os participantes sentados em círculo vão representando ( um à um ) cenas mudas que nos remeta à idéia de que aquela garrafa é alguma outra coisa (Objeto, animal, pessoa) na mímica. O Jogo é animado pelo “Coringa”com o seguinte desafio: Essa garrafa não é uma garrafa, o que ela pode ser?

3. Completar a imagem.

O Jogo começa com duas pessoas de mãos dadas como num cumprimento ficam paradas como numa fotografia . O coringa pergunta as demais pessoas o que elas estão vendo naquela imagem (Amizade, pacto, encontro e etc) pede que uma pessoa se afaste e a outra fique parada como uma estátua e retorne a imagem mudando a posição de seu corpo dando outros significados a cena sem mexer na imagem do outro e assim segue-se criando um diálogo de imagens.

Exercício para apresentar as pessoas do grupo umas às outras.

4. O Batismo Mineiro

Num círculo uma pessoa de cada vêz fala seu nome acompanhado de uma palavra que começe com a mesma letra do nome e um gesto teatral que represente a palavra. Ex: Márcia Maçã, Renato Recatado, Samuel Sagui. Cada um que se apresenta deve falar o nome e fazer o gesto de todos da roda que já se apresentaram.

5. Pique-Nome

Divide a sala em dois espaços e todo o grupo fica de um dos lados para passar para o outro lado da sala tem que falar o nome de alguém que ficou, até que todos estejam do outro lado da sala.



6. Por trás dos panos

Divide-se o grupo em dois, coloca-se um lençol esticado entre os dois grupos, seguro por dois componentes, uma pessoa de cada grupo por vêz se aproxima do lençol enquanto o restante do grupo mantém-se afastado. Quando o lençol for abaixado a primeira pessoa que falar o nome daquela que está na sua frente ganhará a disputa e a que perde troca de lado, o lado que terminar com mais pessoas será o vencedor.

Jogo da Categoria das Emoções (Medo e Proteção)

7. Um dá mêdo outro protege.

O coringa pede que as pessoas fiquem num círculo e escolham aleatóriamente duas pessoas sómente com o olhar sem que elas percebam. Todos escolhem. O coringa pede que dessas duas escolhidas escolha-se agora só uma, essa última que foi escolhida vai dar medo e a outra vai proteger. Todos já tem seus escolhidos e terão que se proteger daquele que lhe põe medo ficando numa posição na sala em que aquele que protege esteja como um escudo entre o que lhe põe medo e ele próprio, assim:

                                                                C
                                                              
                                B

A


A tem mêdo de C e é protegido por B, sendo que B e C também têm o seu protetor e o seu algoz, ou seja todos na sala entrarão numa tentativa louca de se proteger sem saber a que estão ameaçando.

Celebração do Encontro

8. A Dança das Vogais

Baseada numa dança indígena brasileira. Forma-se um círculo com todos passando os braços pelos os ombros dos outros, marca-se com os pés o ritmo girando o círculo. Cada pessoa faz uma melodia com as vogais do seu nome que será harmonizada com as demais.

Jogo da categoria das Emoções (Afeto)

9. O Desmaio Público

Dá-se para cada um papel com um número. O coringa pede que todos andem amontoados num espaço imaginário da sala como se estivessem no meio de uma multidão, quando o coringa fala o número correspondente a pessoa, ela desmaia e tem que ser socorrida antes que caia no chão. Pode-se falar mais de um número de uma só vêz. O Jogo vai até todos os números serem ditos.


10. Ninguém com ninguém.

Todos forma duplas. Ficam frente a frente e obedecem os comandos do coringa: Cabeça com cabeça! (eles ligam essas partes do corpo e não soltam mais), ombro com ombro,  uma das pernas com a outra perna (sempre a do parceiro). Quando estiverem bem ligados um ao outro, fala-se: “Ninguém com ninguém” todos se soltam e procuram outro parceiro. Se o número de participantes for par e não sobrar ninguém o coringa entra no jogo para que alguém sobre e dê os comandos, se o número for ímpar o coringa deixa essa pessoa de fora do jogo e depois pede que ela entre para que sobre sempre alguém.

Exercícios da Categoria das Emoções (Criação de Personagens)

11. As duas revelações de Santa Teresa.

Pede-se que as pessoas caminhem pelo sala sem deixar espaço vago. O coringa falará quais serão as duplas de personagens que deverão ser interpretadas pelas duplas que se formarão de pronto, ex: Pai e Filho, Médico e Paciente, Padre e Fiel e Marido e Mulher. Os participantes devem parar um na frente do outro (o primeiro que aparecer sem escolha) e começar um diálogo que definirá qual é o papel que cada um exercerá na dupla; por ex: Quem começar a agir como o Pai primeiro, o outro da dupla deverá aceitar o papel do Filho. O coringa falará: “ Primeira Revelação !”E que primeiro tiver uma idéia terá que dizer qualquer coisa que revele algo de novo na relação. Quando o coringa falar: “Segunda Revelação!” aquele que ouviu a primeira revelação, agora terá o direito de fazer a sua. Depois comenta-se.

12. O meu sonho de criança - O que eu queria ser quando crescesse.

Divide-se o grupo em dois e distribui papel e caneta para os participantes, eles deverão escrever qual era o seu sonho de criança, ou o que você queria ser quando crescesse? O primeiro grupo representa para o segundo e vice-versa.

Jogos de estímulo aos sentidos do tato e da visão

13. Série Modelagem - Marionete.

Divide o grupo em dois ficando um frente ao outro cada qual com o seu par, um grupo será de escultor o outro será a massa de modelar. Com toques sutis o escultor criará imagens no corpo do parceiro. Inverte. Um grupo fecha os olhos o outro faz uma imagem com o próprio corpo, o que esta com os olhos fechados se aproxima e através do o tato tenta visualizar a imagem, afasta-se e a repete no próprio corpo como um reflexo do espelho. Um grupo faz uma imagem temática, ex: o Brasil (modelando o corpo do outro) Todos fazem um monumento juntando as imagens e harmonizando-as sob o tema. Os escultores fecham os olhos dão uma volta em torno dos seus próprios eixos, são guiados pelo coringa pela sala e tenta cada escultor achar sua obra-prima no meio do monumento. Depois inverte-se as posições de escultor e massa. O mesmo se fará na técnica do marionete, mudando apenas a forma de manipulação da imagem. No marionete o manipulador e o manipulado imaginam que existe fios como de um marionete e entregam-se ao jogo de criação de imagens.

Jogos integrados - Contação de história e teatro

O Lenda do Dragão de Trou Balligã

Conta a lenda que numa ilha morava um dragão devorador de mulheres. O feiticeiro e sábio da aldeia  sugere que se entregue em sacrifício a princesa para aplacar a gula do dragão. A beleza e bondade da jovem que aceita o terrível destino por amor a sua gente faz com que o dragão fique cego ao vê-la no altar e os aldeões soltam a princesa e abatem o dragão.

Começa a improvisação teatral com um grupo uma pessoa é amarrada na cadeira com tiras de pano. Uma outra é vendada e atuará como o dragão cego tentando evitar que os aldeões soltem a princesa. Se tocar em algum aldeão esse é morto e vai para o cemitério da aldeia (lugar previamente combinado pelo grupo), ou seja, sai do jogo. É muito interessante perceber a estratégia que o grupo cria para alcançar seus objetivos. Vai de sacrifícios individuais de mártires até estratégia de grupo.

15. A História da Raposa.

As pessoas estão de pé formando um círculo de mãos dadas. O coringa diz que vai contar uma fábula cheia de animais, e que cada um ali representará aquele animal que o coringa lhe falar no ouvido, ninguém pode saber qual é o animal do outro. Quando o animal for citado na história, aquele que o representa deve desmaiar, e ser socorrido pelas pessoas do seu lado da roda. O coringa falou no ouvido das pessoas o mesmo animal (raposa). Começa-se a história "Uma festa no céu":
O jacaré com a boca enorme anunciou que haveria uma festa no céu, alcoviteiro o castor disse ao sapo que ele não era bem aceito nessa festa, porque ele era muito falador, o sapo papudo do jeito que é,  não deixou por menos – disse que iria de qualquer jeito nessa festa do céu. Dona coruja para amenizar os ânimos foi conversar com o sapo e disse-lhe que se ele não comesse todos os bolinhos de chuva da festa, poderia ir a festa sem problema. O sapo magoado pensou numa forma de estragar o festão. Pensou em chamar uma amiga sua, essa sim ninguém gostaria que fosse a festa. Chegado o dia a cegonha voou rasteira pelo o brejo e o sapo lá se foi com ela, prá ver o que seria da tal festa, quando chegasse a convidada especial. A festa estava muita animada o macaco dançava sem parar com a garça eis que surge a Dona Raposa...

Nessa hora todos desmaiam e é muito divertido.

Criação de Texto

16. Método Sol de criação de texto.
Desenha-se um círculo no centro de uma cartolina. Pede-se ao grupo que escolha uma palavra-mãe, ou seja, uma palavra geradora de muitas outras, e que seja uma palavra importante para todo o grupo naquele momento. Ex. escolheu-se a palavra VIDA.  Traça-se raios entorno do círculo, e escreve-se nesses raios as palavras que a palavra central faz lembrar Ex.:




 

                                      criança              sol            
                                                                            sonho
Elipse: Vida                                      
                                         ilusão
                                                                              realidade


                                        semente                                natureza


com as palavras de fora do círculo e a palavra central, compomos frases, parágrafos e textos, com todo o grupo.



Bibliografia sugerida:
Antunes, Celso - Jogos p/ estimulação das múltiplas inteligências. Ed. Vozes.
Boal, Augusto “Jogos para atores e não atores” Civilização Brasileira.