segunda-feira, 15 de agosto de 2022

José Bonifácio de Andrada e Silva

 

A história não contada de um dos maiores estadistas que o mundo já conheceu.

 
 

Senhornestor, é possível encontrar uma  estátua deste grande homem no Central Park, de Nova York, na rua Oeste 40.

Seu pai queria que ele fosse ordenado padre…

Mas seu destino acabou sendo outro: mudar a história de uma nação por meio da vida de estudos e da vida política.

Ainda criança, estudou gramática, retórica e filosofia.

Aos vinte anos de idade, partiu para uma das universidades mais tradicionais do mundo, a de Coimbra, a fim de cursar Direito. Em Portugal, estudou também Filosofia Natural e Matemática.

Era uma figura conhecida e bem quista nos grupos literários e cafés europeus do século XVIII.

Por sua capacidade intelectual, ganhou bolsa do governo português para estudar em Paris, onde viu de perto a revolução que tomava as ruas da capital francesa e onde também estudou Química e Mineralogia.

Depois da França, continuou seus estudos na Alemanha, Hungria, Itália, Dinamarca, Noruega e Suécia.

Fez descobertas que vieram a ser internacionalmente conhecidas e tornou-se membro de várias das principais academias científicas europeias.

Registrava em seus escritos os impactos das leis nos costumes locais, o impacto da religião, da beleza das mulheres que pelo caminho encontrou, de como era a política em cada local.

Em toda sua jornada, alcançou o grande feito de catalogar doze novas espécies de minerais e sub-minerais, cujos nomes são até hoje reconhecidos de sua descoberta.

Quando retornou a Portugal, em 1800, falava e escrevia em seis idiomas, lia em onze outros e havia acumulado conhecimentos, não apenas de mineração, mas também de política e administração.

Foi admitido como membro ilustre na Academia de Lisboa e passou a exercer diversas funções no governo português.

Assumiu desde o magistério na faculdade de Coimbra, à administração de minas de carvão e de fábricas de seda, bem como ao arrecadamento de impostos para a pesca.

Foi apenas em 1819, com 56 anos de idade, que recebeu autorização do governo português e pôde retornar à sua terra natal.

Após seu retorno, recebeu o título de conselheiro do rei de seu país, pela inteligência e pelos bons serviços prestados.

Este homem defendia a abolição da escravatura, de modo gradual e planejado, e buscava enquanto conselheiro da coroa províncias mais unificadas para que a Independência do Brasil pudesse acontecer.

 

José Bonifácio de Andrada e Silva é um herói nacional.

Um homem brilhante esquecido nas escolas, na televisão e na grande imprensa.

Foi Bonifácio quem redigiu o manifesto que expressava ao mundo a intenção do Brasil de não mais aceitar submeter-se à condição de colônia.

Patriarca da Independência esteve ao lado dos dois imperadores do Brasil para que houvesse uma unidade nacional.
Atuou intensamente pela elaboração de leis em defesa do país e articulou diversos setores em prol da Independência.

Foi Bonifácio quem direcionou Dom Pedro I para garantir a unidade das províncias. E foi ele que formou intelectual e politicamente o grande governante Dom Pedro II.

Hoje, Bonifácio nomeia algumas ruas no Brasil, mas o seu povo não mais o conhece.

Vivemos em um país muito mal tratado, muito mal cuidado e o atraso grita de um modo silencioso.

Nossos monumentos registram a realidade do que vivemos hoje, ocultando virtudes e expondo a depreciação da nossa própria história.

O Brasil está assim, mas o Brasil não é assim.

Precisamos ver as qualidades das grandes personalidades que aqui viveram.

É necessário buscar verdadeiras referências.

Só assim formaremos uma geração que carrega em sua memória imagens de pessoas virtuosas e exemplos concretos de coragem e sacrifício.

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