Vai
a estrela outra
Guia
dos meus passos
Luz
dos meus dias
Incendeia
minh’alma que desbota
As
cores velhas da tristeza
Ergue
meus sonhos tão alto
Que
de tão altos
Já
não posso mais olhá-los
Condenei-me
a ser poeta de efeméride
A
fazer versos alegres, apaixonados
E a
engolir a angústia bruta e burra
Do
mediano cotidiano
Condenei-me
a ser medíocre
A
sofrer um pouco, disfarçando
A
não chorar as ausências
E a
fingir não querer querendo
Por
onde será que anda a minha alegria?
Onde
enfiei a auto estima
E a
segurança que me faziam brilho?
Aonde
foram parar as minhas asas
Que
eu nutria de liberdade e ambição?
Cada
dia sei mais que te amo
Cada
dia sei mais que te quero
E
posso dizer isso sem medo
Com
a liberdade com que me entrego a esse amor
A
felicidade vem rolando
Como
a água de um riacho
Calma
e regularmente entre as pedras
Avolumando-se
Minha
estrela
Me
diz um bom dia que hoje o Sol não
apareceu
Vem
fazer dia na minh’alma vazia
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